NATIMORTO I (Portuguese) Quanto mais terei que me desdobrar? Quanto mais sangrarei ao leu? Afogado em minhas convicções Pendurado na corda acima do cadafalso Com juramentos e escolhas erradas Por ter feito aquilo que acreditava ser certo Antes da ressaca e da adrenalina Que me impõe frente a mentira da afirmação E da dor que corre em minhas veias Se todo sofrimento é um aprendizado Porque continuo a me deparar com meus próprios erros? Vitórias ilegíveis com a navalha frente ao espelho Já cansei de olhar o meu reflexo E apenas enxergar o meu próprio fim A miragem que é tentar ser bom Nas paredes do destino A equação diz o que devo fazer Mas a conta nunca fecha E me arrasta para o epitáfio Onde a beleza não tem fim Um fio de esperança Mantém meu corpo vivo Doenças são as minhas heranças Aqui onde nada faz mais sentido Buscando por algo, que ainda possa estar vivo Me deparo com minha morte Nas lutas pessoas do dia a dia Esqueço de quem me amou Aposto no sofrimento e na possibilidade de errar ------------- (English) STILLBORN I How much more do I have to unfold? How much more will I bleed when I read? Drowned in my convictions Hanging on the rope above the scaffold With oaths and wrong choices For doing what he believed to be right Before the hangover and adrenaline That imposes me in front of the lie of the affirmation And the pain that runs in my veins If all suffering is an apprenticeship Why do I keep seeing my own mistakes? Unreadable victories with the razor in front of the mirror I'm tired of looking at my reflection And just to see my own end The mirage that is trying to be good On the walls of destiny The equation tells what I should do But the bill never closes And drag me to the epitaph Where beauty has no end A thread of hope Keep my body alive Diseases are my inheritances Here where nothing makes more sense Searching for something that may still be alive I stumble upon my death In struggles day to day people I forget who loved me I bet on suffering and the possibility of making mistakes